quarta-feira, 13 de maio de 2015

O amanhã

A cobiça no sentimento de encontros aparece como um reflexo da própria sensação. Há sempre um anseio e uma verdade escondida. Tal verdade, incontestável, nos olhos negros da figura borrada... tão linda em sua ausência, tão tranquila como o gentil vento que adentra a minha varanda nesta noite fria e cheia de intuição. O silêncio me basta, mais uma vez, me trazendo de volta de minha viagem interior. Da mesma figura, que aos meus olhos infantis, almeja o encontro tanto quanto a esperança que vem do oceano. Este turbilhão aloja-se na mente e corpo, movendo... mas acolhendo á medida que a escrita se forma. Lentamente, tudo se coloca em seu devido lugar... e as projeções são feitas, de forma inigualável. Tão lindo, o futuro em seus olhos... e tão melodioso o som que sai da tua boca. Não se sabe onde começa, nem onde termina. Tudo que levamos são impressões referentes a vida que nos espera... algo vindo do que não veio. O improvável impera, ainda que queiramos o controle e os planos, acabamo-nos por enviar nossa alma para o refrão inesperado.

Então, que venha. O que vier, e como vier. Aceitamos de bom grado o calor, ou o frio... junto com este genuíno sentimento. Ante a paciência e zelo em cada curva... o olhar pra trás não nos abstrai, pois antes dele vem o proveitoso momento. Á medida que meu folego se esvai, em meu intimo que incendeia, a figura se faz nua e moldável. Do jardim das procuras, só se faz certo sonhos grandiosos e ofertados.

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