sábado, 28 de janeiro de 2017

Tempo de espera e evolução

Como diz a musica "o tempo é rei". Ele é rápido, corre e grita. Acabamos nos comparando... não com os outros, mas com nós mesmos. Seja um ano, sejam cinco ou dez... nesse tempo cometemos erros, enxergamos defeitos e temos a opção de evoluir a cada situação. Acho que esse texto se trata exatamente disso... mudanças, é um tema que eu gosto, não é difícil deduzir isso. Há seis anos atras eu estava passando por uma fase que me modificou totalmente. Estava triste por muito tempo, e me afetou em todas as áreas da minha vida. Hoje vejo que foi um dos acontecimentos mais importantes que tive, agradeço a tudo daquele tempo e ás pessoas que me fizeram enxergar o que deveria mudar para superar... pois era tudo o que queria: superar. E essa superação, confesso, demorou anos para se concretizar...  durante esses anos meu confidente foi o silencio, para manter longe o julgamento dos outros. Isso tudo fez minha empatia mais forte e a vontade de evolução mais definida.
Realmente, tive muito tempo para pensar.

Creio que, quem lê certos textos que escrevo, pode até pensar que é vaidade ou hipocrisia da minha parte, pois enfatizo muito em como as pessoas devem respeitar as outras, principalmente em suas escolhas e opiniões... e sei que ninguém é inerente á imperfeição, principalmente eu.
Esquecemos de escrever sobre nossos defeitos, mas acredito que estamos aqui de passagem, e o melhor uso do nosso tempo temos que atribuir á evolução, dessa forma não há tempo perdido.

Admito ser insegura muitas vezes, admito gostar exageradamente de segurança e buscar por isso, e principalmente... admito ter, muitas vezes, metido os pés pelas mãos. Afastei pessoas, que não voltaram mais. Fui incompreensiva, e não entendi a necessidade do outro. Fui egoísta. Porém, nos dias de hoje, eu percebo o quanto tudo isso me fez ver quem eu realmente sou, onde realmente errei, e onde não podia fazer absolutamente nada para mudar a situação.
 Um amigo me disse uma vez, não faz muito tempo, que vê em mim o dom de mostrar aos outros como eles realmente são. Eu parei pra pensar... em como eu realmente era. Tantas falhas, tanta vontade de melhorar. Posso me sentir orgulhosa, apesar de momentos de fracasso, soube virar o jogo nas ultimas vezes que me vi sem controle emocional. Pois é disso que se trata, emoções a flor da pele.
É sempre isso.

Vou me permitir divagar um pouco. Eu questionei o porquê de ter nascido tão sensível. Sensível ás palavras, ás pessoas, ás situações. O porquê de alguns sentirem tanto, chorarem com facilidade, e muitas vezes não conseguir deixar pra lá. Outro defeito. Não cheguei á conclusão alguma sobre a questão da minha vida, mas aceitei o desafio de controlar meus impulsos emocionais, ou ao menos de deixa-los passar e pensar com frieza na atitude certa a se tomar em cada momento.

Há muito para ajeitar, saber disso sempre é o primeiro passo de qualquer um que tenha essa meta de vida. Há quem ache besteira, balela, um nada traduzido em palavras... e que pessoas devem viver um dia de cada vez, algo que concordo em parte. A introspecção, e consequentemente o auto conhecimento são necessários para nosso auto controle, para nossa empatia e consideração com o outro.

Por fim, se para alguns isso não é nada... para mim é tudo. Não confio em quem não se questiona, sinto muito. Não há outra palavra que esboce o que isso representa para minha trajetória. Pessoas que fazem pouco caso disto dificilmente me manterão por perto. Não é questão de não respeitar, cada um é o que é... e ponto. É questão de sincronicidade, tudo que se relaciona não por relação casual e sim por relação de significado. O  silencioso tempo que trouxe essa confusão interna nesses últimos anos, foi o que me tirou da zona de conforto, incrivelmente fez com que eu me encontrasse. E então, encontrasse pessoas compatíveis comigo.