domingo, 25 de outubro de 2015

Sobre paixões e o que é passageiro

A minha intensidade é contraditória. O problema da maioria das pessoas é rotular e julgar alguém por determinada atitude, isso me incomoda... e como, então tento não agir assim. Neste ano, em que fiquei solteira, percebi que ando me apaixonando e desapaixonando com facilidade, devo admitir, é muito fácil eu me encantar quando há um interesse, quando há algo a mais... mas eu tenho sorte, pois é muito fácil eu me desencantar também. Fico realmente perplexa como eu tenho facilidade de esquecer, e aceitar situações. Nem sempre foi assim.. mas uma dúvida aparece em minha mente, será que se eu insistisse mais em algumas coisas, daria certo? Será que essa falta de interesse repentina que sempre surge, seria falta de paciência?

Não estou falando de relacionamentos, mas sim de paixões. É o que me transborda neste momento, e o sentimento é o meu maior motivo de escrever. O lado profissional, sempre bem... seus altos e baixos, mas tenho uma sorte imensa para muita coisa nesse sentido; com minha família, mais baixos do que altos, mas aprendi a lidar com muita coisa no ultimo ano, não aceito mais traumas ou lamentações na minha vida, a convivência é um aprendizado inexplicável; minha vida social, tendo suas imperfeições enfeitadas com o ego das pessoas, estou aprendendo a saber o que devo ou não aceitar, mas devo confessar.. é perfeita aos meus olhos. Parece que estou fugindo um pouco do foco, não?

Mas o fato é que fica o lado pessoal, está sempre tudo em ordem... aparentemente. Vira uma confusão, quando me apaixono. Paixão, dessas que vem e vai, sabe? Que você cria expectativas, e constrói as conversas perfeitas em sua mente... e uma hora se mostra tão passageiro quanto uma brisa de fim de tarde, numa palavra mal dita, numa atitude não cumprida... ou quando a pessoa se mostra diferente do que você imaginou. Eu continuo alimentando a minha opinião de que as pessoas são momentos e fases... mas isso não me obriga a querer conviver com elas, ou me envolver com alguém que eu não julgue merecer a parte de mim que me faz mais mulher, a que se apaixona.

Ai vem, novamente e incessantemente o pensamento do amor próprio. E eu repito em minha mente o quanto preciso valorizar isso. Sensações que se tornam somente minhas, e se eu tentasse explicar, ninguém entenderia e isso me faz feliz. Ainda me lembro, há pouco tempo atras, uma pessoa me fez perder essa sensação individual. E eu simplesmente, morro de dentro para fora sem isso. Eu preciso disso, e não sei se todo mundo consegue compreender essa necessidade, que para mim é como uma canção. Existe uma canção para os apaixonados, para os corações partidos, para os desiludidos... e uma para mim.

Por isso digo, intensidade contraditória, ao mesmo tempo que me entrego sutilmente... eu não deixo isso de lado, pode-se dizer que é até um egoísmo da minha parte. As vezes parece, só parece, que o amor não é pra mim. 

Embora todas essas frases soltas pareçam confusas, e até mesmo com uma pontinha de tristeza, é exatamente o contrário. É meu amadurecimento. Minha facilidade de aceitar alguns fatos como eles são está aumentando, e devo isso aos outros. Me sinto mais forte e mais individual, mas só tenho um medo em relação a isso tudo... Deixar de acreditar.