quarta-feira, 13 de maio de 2015

O amanhã

A cobiça no sentimento de encontros aparece como um reflexo da própria sensação. Há sempre um anseio e uma verdade escondida. Tal verdade, incontestável, nos olhos negros da figura borrada... tão linda em sua ausência, tão tranquila como o gentil vento que adentra a minha varanda nesta noite fria e cheia de intuição. O silêncio me basta, mais uma vez, me trazendo de volta de minha viagem interior. Da mesma figura, que aos meus olhos infantis, almeja o encontro tanto quanto a esperança que vem do oceano. Este turbilhão aloja-se na mente e corpo, movendo... mas acolhendo á medida que a escrita se forma. Lentamente, tudo se coloca em seu devido lugar... e as projeções são feitas, de forma inigualável. Tão lindo, o futuro em seus olhos... e tão melodioso o som que sai da tua boca. Não se sabe onde começa, nem onde termina. Tudo que levamos são impressões referentes a vida que nos espera... algo vindo do que não veio. O improvável impera, ainda que queiramos o controle e os planos, acabamo-nos por enviar nossa alma para o refrão inesperado.

Então, que venha. O que vier, e como vier. Aceitamos de bom grado o calor, ou o frio... junto com este genuíno sentimento. Ante a paciência e zelo em cada curva... o olhar pra trás não nos abstrai, pois antes dele vem o proveitoso momento. Á medida que meu folego se esvai, em meu intimo que incendeia, a figura se faz nua e moldável. Do jardim das procuras, só se faz certo sonhos grandiosos e ofertados.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Pra frente é que se olha...!

No meu interior, ansiava por mudanças... essas que vem de dentro para fora, sabe? Eu posso dizer com certeza agora, que estou conseguindo. Meses abafando uma sensação... valeram. Neste 1 de abril tive a opção de ir para minha amada terra, aproveitar a praia, os amigos, a família, respirar ar puro.. e contemplar o céu mais estrelado que já vi na vida, mas em vez disto me isolei.
Sim, mas esse isolamento não tem nenhum tom depreciativo. Isolamento, mas com um dia ensolarado em meio as caixas de coisas velhas que joguei fora... roupas, lembranças, cartas, papeis, sapatos. Não sei como é possível, mas me livrar de tantas coisas, fez com que deixasse de lado algum passado... de vez. Se algo ficou, foi algo bom e forte... mas nada que me atrapalhe na minha nova meta de vida.

O desapego é necessário sempre, e eu era o tipo de pessoa que guardava até flor, que mesmo seca me lembrava algo especial. Foi uma limpeza e tanto, nem minha caixa de emails saiu ilesa.

Tomei uma das decisões mais difíceis e mais libertadoras da minha vida há 3 meses, naquele momento consegui respirar. Joguei fora e renovei muitas coisas materiais, e senti uma libertação nisso.

Agora começou a pesagem: pós e contras, quem saiu ferido e quem ganhou nisso tudo, o que não vale a pena remoer, etc... coisas inerentes. Junto com isso comecei a ver a beleza que precisava em tudo que me rodeia, que sinceramente, eu tentava, mas não conseguia. Tentava ser grata de todas as formas, mas me parecia superficial. 
Agora simplesmente flui. Quem lê isto aqui, pode achar um "protocolo" simples a se seguir, tomar uma decisão, mudar, desapegar... mas nada que não tenha esforço vale a pena. 
Sem esforço, não há crescimento.

Agora, protejo a minha opinião como um ato de amor incondicional. E, pelo menos neste momento, não vejo necessidade de nada que não esteja ao meu alcance.

...Claro, dinheiro compra muita coisa e o tempo nos trás o crescimento e conhecimento necessário, assim como a experiência ensina. Mas nesta nova fase, preciso conviver com a ansiedade a cada conquista... sabendo da minha imaturidade, e acima de tudo aproveitando enquanto a possuo.

Há algo mais belo que isso?